sexta-feira, 16 de maio de 2008
[ Sobre presente, passado e futuro]
Me disseram que futuro era algo à frente. Andei por longas ruas, dobrei várias esquinas e esse tal futuro sempre fugia de mim. Sempre que o alcançava, ele corria, e jogava do porta mala de seu carro sport uma mala, que era um tal de Presente. O presente, caroneiro que só, sempre vinha ao meu lado. Me diverti com ele, chorei, comi o pão que o diabo amassou e paguei em prestações pesadas o preço do meus erros antigos. Eu e o presente nos tornamos grandes amigos. Sempre que eu caio, ele me apóia, e guarda todas as ataduras dos meus machucados num baú que levamos no porta malas, e que ele gosta de chamar de Passado. Vez ou outra o Passado ganha vida lá atrás. Pulam alguns resquicios de coisas já vividas, que vem pra frente. Incomodando a mim, e principalmente o Presente, fazendo com que nossa visão fique turva ao buscarmos o Futuro em seu esportivo conversível logo à frente. E assim, vamos indo. Buscando o futuro, que no seu esportivo feito de sonhos, é impossível de se alcançar por alguém que tem o porta mala pesado, cheio de coisas como o Passado. [E eu ainda me pergunto porque é impossível alçar vôo]
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