A bailarina hoje acordou. Espichou-se antes de sair da cama, e olhou seu teto cheio de estrelas, e a luz que ainda brilhava. Colocou o pé direito pra fora da cama, pisou bem firme no chão com ele, e só ai se atreveu a encostar o esquerdo no chão.
Foi rodopiando até o banheiro, e de águas frescas e um pouco geladas tomou um banho. Alecrim pra aqui, alfazema pra colá. Ela adora isso de ervas. Adora se perfumar.
Penteou os cabelos cuidadosamente, partiu-os, colocou seu vestido mais bonito.
O sol Brilhava, e ela pensava na Advogada. Na razão, na lucidez e principalmente na paz. Que sentimento é esse que se diz branco, que é a razão natural, e mesmo assim nunca se acha? Não há dessa tal de paz no Oriente Médio, nos EUA, na Europa, e nem aqui... no Brasil. Talvez a paz seja algo que se guarda na caixinha, se tranca e espera a hora certa para usar. Talvez, a paz seja como qualquer coisa que se perde. Temos que parar de procurá-la para achá-la. Afinal, há guerras para achar a paz, há conflitos para achar a paz. E parece que ela brinca de se esconder, cada vez que um homem pega um fuzíl e diz querer encontrá-la.
[A paz reside na solidariedade. Não nas armas de fogo]
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Tem uma crítica, sugestão, dúvidas, dívida ou quer desabafar? Comente ou passe um e-mail: carvalho.flah@gmail.com. Seu comentário será submetido à moderação do administrador para mantermos o nível alcoólico dentro do aceitável.