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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Quase Nada


Como naquela música do Zeca baleiro, sobre você eu não sei quase nada. Há anos atrás éramos da mesma turma da escola, mas que bela carta de apresentação é lembrar se você gostava mais de história ou física quando já temos vinte e poucos anos e não encontramos o norte nessa nossa geografia absurda?

Vou medindo as coisas, todas elas. Meço reações químicas, físicas e equaciono tudo a zero dando razão ao meu velho medo de nadar e morrer na praia,  que ainda me anestesia para certas escolhas. Quase sempre, acho preferivel não ter coisa alguma, a ter algo que é maior que minhas mãos – chame de covardia se quiser. Não sei qual é a parte da sua estrada na minha vida e acabo não abrindo nenhum portão para você entrar.  Te induzo a pular as janelas, e lá está você escalando minhas vidraças.

Você chega, minha barba por fazer. Alguns sorrisos sinceros e um gosto de hortelã na boca depois e minha epiderme já te dá todas as respostas que guardei. Parece tempestade, que chega para agitar as minhas águas tranquilas. É tudo que gira moinho, tranporta o vento, mas faz o tempo passar rápido demais.

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