Como naquela música do Zeca baleiro, sobre você eu não sei
quase nada. Há anos atrás éramos da mesma turma da escola, mas que bela carta
de apresentação é lembrar se você gostava mais de história ou física quando já
temos vinte e poucos anos e não encontramos o norte nessa nossa geografia
absurda?
Vou medindo as coisas, todas elas. Meço reações químicas,
físicas e equaciono tudo a zero dando razão ao meu velho medo de nadar e morrer
na praia, que ainda me anestesia para
certas escolhas. Quase sempre, acho preferivel não ter coisa alguma, a ter algo
que é maior que minhas mãos – chame de covardia se quiser. Não sei qual é a parte
da sua estrada na minha vida e acabo não abrindo nenhum portão para você
entrar. Te induzo a pular as janelas, e
lá está você escalando minhas vidraças.
Você chega, minha barba por fazer. Alguns sorrisos
sinceros e um gosto de hortelã na boca depois e minha
epiderme já te dá todas as respostas que guardei. Parece tempestade, que chega para agitar as minhas
águas tranquilas. É tudo que gira moinho, tranporta o vento, mas faz o tempo
passar rápido demais.
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