Páginas

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Um pouco da minha vitrine

Hoje eu estava andando comigo mesma na rua, Brontë na bolsa, meu rímel favorito nos olhos e meu sorriso de praxe nos lábios. A cabeça cheia das habituais caraminholas e questionamentos. Meus defeitos expostos na minha vitrine, para que eu visse, tomasse nota do preço de cada um e fosse obrigada a carregá-los todos.


Com minha já conhecida falta de jeito, escrúpulos e vergonha, ostentava minha felicidade em cada um dos 40 dentes que apareciam entre meu lábio superior, que é ligeiramente mais fino que o inferior, e não queria, mas assim, troçava da tristeza das pessoas que passavam ao meu lado e eram menos Samba rock do que eu.

Mas a questão é que morro de medo dos meus defeitos, principalmente os que me pegam se surpresa numa segunda-feira qualquer, fazendo ares de pôr de sol. Que se mostram pequenos como a lua minguante. Mas acabam desaguando tal como um rio que, não vendo outro curso, deságua no mar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tem uma crítica, sugestão, dúvidas, dívida ou quer desabafar? Comente ou passe um e-mail: carvalho.flah@gmail.com. Seu comentário será submetido à moderação do administrador para mantermos o nível alcoólico dentro do aceitável.

Se gostou desse texto, pode gostar desses: