Eu não li o horoscopo. Se for para fazer diferente, começar
um ano novo, que tudo se inicie comigo tomando as rédeas das coisas por aqui.
Não vou mais deixar que a inclinação da lua em relação a saturno ou mercúrio me
digam se devo ter sucesso no amor ou nos negócios. Quero ser feliz nos dois, e
não me dou direito a menos do que isso.
Ando cavoucando coisas nos meus velhos escritos, tô
terminando o que mal comecei e sinto que tem muita história pra ser escrita por
aqui. Dentro de mim. Do meu lado direito e do meu avesso. Eu toco minhas mãos
procurando o que se encontra entre elas, um coração que erra, uma mente que
sonha e uma mulher completa em si.
Onde guardei aquele desejo de sempre mais? Me disseram que
não era certo ser eternamente descontente e eu me contentei em ser inteiramente
complacente com o que viesse.
Pego minha mais afiada faca e vou cortando. Vou abrindo
caminho ao centro de mim. E pra isso volto. Volto atrás, no meio, na frente. Me
deparo comigo mesma refletida em mil espelhos com a idade que não tenho. As vezes
muito nova, outras velha demais.
Estou em algum ponto entre gêmeos e leão, entre meu
ascendente virgem e minha realidade opaca.
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