Páginas

quinta-feira, 12 de março de 2009

ai ai ai

Uma vez li por ai que o Drummond anda falando que quem não tem namorado, tirou férias de si mesmo. Ai Drummond, eu não queria, mas vou ter que discordar!

Namorado é um conceito relativo. Descobri que Einstenn estava sempre certo, afinal tudo é relativo. O importante não é estar junto a alguém, mas junto a si mesmo. Ai eu concordo. Se não está junto de você, é porque sua outra parte está por ai tirando férias de você.

Meninas e meninos, atenção! Isso de metade da laranja é mito. O amor existe, está ai esperando você bem do lado de fora dessas paredes do escritório, mas o amor só existe quando não é preciso depender dele.

Há quem diga que o outro te completará. Que vocês serão yng e yang, arroz e feijão, mas a verdade é que amor entre pessoas muito diferentes só dá certo mesmo nos contos de fadas ( ou nem neles, né?). Alguém para amar, é alguém que saberá compartilhar gostos, desejos, papos, livros. Nada de cópia inautêntica de você mesmo! O que importa é a afinidade, essa palavrinha esquisita e que assola os apaixonados.

Sem afinidade não há amor que prospere. A afinidade está para o amor, assim como a Madonna para as botas de cano alto. Perfeito. E a afinidade é a liga desse bolo “solado” que chamamos de amor eterno.

Antes de buscar um amor do lado de fora, antes de pensar que você tem que estar enamorada por alguém para não se perder nesse labirinto de opções, é imprescindível achar você mesma. Buscar em velhos recortes, em velhos hábitos, em velhas manias. E quando não se encontrar em nada disso, criar recortes, hábitos e manias novas.

Alguém que depende de você para ser feliz nunca te amará, pois amor é confiança, é liberdade é o não depender. Quem só é feliz quando vê o namorado deve ter que fazer Cooper com Ipod para não ouvir suas próprias idéias. É o tipo de pessoa que desaprendeu, ou nunca soube, que felicidade vem de dentro, e que amor próprio é o primeiro tijolinho para uma relação que dê certo.

Alguns chamarão de desilusão, falta de fé ou de esperança, mas a verdade é que aprendi que nada que não comece por algum pontinho dentro de você tem realmente importância. Egoísmo? Egocentrismo?Ego.. ego. Não. Esse é o compreender que todo ser humano nasceu com o direto perene à liberdade e a vida, e todo sentimento que aprisiona viola o direito sacrossanto de amar de verdade.

É Drummond, talvez eu não tenha te entendido bem, meu velho amigo! Talvez você estivesse falando do ‘estar enamorado de si mesmo’. E sendo assim, dô o braço a torcer. Você sabia mesmo das coisas.

Um comentário:

  1. Como diz Fernando Anitelli em sua música "O pratododia"
    Como arroz e feijão,
    é feita de grão em grão
    Nossa felicidade
    Como arroz e feijão
    A perfeita combinação
    Soma de duas metades
    Como feijão e arroz
    que só se encontram depois de abandonar a embalagem
    Mas como entender que os dois
    Por serem feijão e arroz
    Se encontram só de passagem....

    Abraços
    Adolfo Stochiero

    ResponderExcluir

Tem uma crítica, sugestão, dúvidas, dívida ou quer desabafar? Comente ou passe um e-mail: carvalho.flah@gmail.com. Seu comentário será submetido à moderação do administrador para mantermos o nível alcoólico dentro do aceitável.

Se gostou desse texto, pode gostar desses: