Sua pele é quente no momento que a minha é fria e precisa de calor. Seu sorriso aparece sempre que o meu falha, e deve ser por isso que eu sorrio mesmo chorando, quando lembro que tenho você aqui, entre o pericárdio e minha alma sentimentalista de mulher alta, decidida e canceriana.
Meu coração dispara ao te ver, meus olhos viajam nos teus e se perdem nessa vontade de te ter a todo instante. Desse desejo com cor, com cheiro e com saliva, de uma vontade que é gêmea da sua, de um calor que só existe quando seus braços me entrelaçam e suas pernas se embolam às minhas coxas.
E nesse nosso conto de fadas eu não sou sempre forte, como as mocinhas devem ser hoje em dia, mas por você eu tento. Tento ser cozinheira, tento entender, tento e consigo ser bem melhor do que eu pensava ser. Me surpreendo a todo instante sendo mais mulher, a cada minuto que conheço esse seu gênio másculo e ao mesmo tempo tão sutil e alinhado ao meu.
As vezes que pensei em desistir não são nada comparadas ao meu mundo de força pra continuar neste caminho que é mais flores que espinhos. E se eu digo que você passaria rápido, é charme pra te fazer ficar um pouco mais, pois nas minhas preces entre travesseiros, sonhos e meu pijama azul brega, está sempre o agradecimento ao cara lá de cima por ter colocado você na cidade certa, no país certo, no planeta certo, e ter acertado tanto ao te fazer tão certo para todo o meu eu errado.
Então entre nossas tigelas de sucrilhos, nossas camisetas de malha com logotipo empresarial, minhas esperanças e sonhos, nossos risos e nossa loucura, sobra pouco espaço, e não pretendo gastá-lo empilhando algo que não esse amor que já criou raízes e derrubou os muros: não sou quem era e já sou bem melhor do que fui.
Se você diz ‘sei lá, viu’, eu te digo que sei. E se quiser, te conto este segredo e escancaro a última janela que sobrou fechada por aqui: este coração foi locado por tempo indeterminado pra você.
Intenso e maravilhoso como sempre! Parabéns, Flávia, senti falta dos seus posts!
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