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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Quem sou eu?

Eu sou a complexidade do que é simples. A inexorável idéia da imutabilidade da alma. Eu sou a loucura da lucidez. Eu sou o silêncio e o turbilhão!


Eu tenho o dom de ser eu mesma, mesmo quando tudo, todos e meu 'id' me impulsionam a ser algo que não eu. Eu sou a junção perfeita do meu super ego e meu desencanto. Sou aquela que sonha quando a luz não existe. Eu sou a minha própria luz.

Eu busco meu caminho em cada curva. Eu sou meu próprio norte, a bússola errante de um destino não traçado, um caminho não trilhado.

Eu sou o medo de escuro, de não saber. Eu sou a ignorância, mãe da tranquilidade. Saber é estar sempre descontente.

Eu sou o riso solto, o cantar alto, o voar sem asas.

Eu acredito na revolução. Eu sou filha de marx, voltaire, platão e sócrates. O mundo é uma idéia imperfeita. Cópia rascunhada do mundo das idéias.

Eu sou o pincel sujo de tinta à deslizar pela tela em branco. E minha tela em branco é meu universo. Minha música, minha guitarra, minha solidão, minha companhia.

Eu me busco entre dezenas, centenas, milhares de outras almas que não sabem o porque continuam a escralavarem suas mãos ao sol das 11. Que não entendem o porque da comida fria, e do suco aguádo que desce como fel, lembrando à todos aqueles que o provam, que a vida é uma doce mistura de amargo, doce e água, pra neutralizar o sápido, e fazer render a solução para que seja dividida com a humanidade.

Eu sou a tristeza estampada no meu irmão, que caminha ao lado. Eu sou a alegria da vida que surge no ventre.

Eu sou esquerdo e direito, mas sou muito mais apenas pelo 'social'. Eu sou pelo comum.

Eu sou parte do mundo. E o mundo é parte de mim.

Para o Amor que tenho

Em casa. No meu quarto. Ouvindo sei lá que música. As notas chegam ao meu ouvido, batem à porta do meu cérebro e simplesmente voltam, sem produzir nenhum efeito que me tire desse meu estado quase morimbundo de saudade.


Tive muito medo de entrar nesse estágio dessa doce loucura que os sábios chamam de amor. Tive medo e receava enlouquecer mais uma vez, me perder, e dessa vez sem volta, nos labirintos sem saída que a paixão nos impoem.

E agora eu te chamo pra fugir comigo. Fugir pra qualquer lugar, onde o som do seu riso seja a balada interminável que me leve a dançar. Meu suave ópio em cujo peculiar efeito me leve a conhecer outras dimensões. Quero não ter dimensão. Sentir que abraço o mundo quando enlaço meu corpo ao teu.

Não ter uma cor pra definir o brilho dos meus olhos espelhados aos seus. Eu quero ser o instante errante e improvável que separa o "agora" do "talvez". Eu quero ser a certeza dos resultados obtidos, e quero sentir tua mão à minha, quando temerosa eu pisar na estrada do futuro incerto, do amanhã duvidoso.

Quero ser o seu mergulho no espaço, o não obstáculo que conduza tuas mãos aos caminhos oblíquos da minha anatomia duvidosa.

Eu quero ouvir o som que Deus produziu ao Criar a Terra. Eu quero ser o silêncio doce dos teus lábios junto aos meus.

E não há medo, incerteza ou temor: Teu olhar sincero e suas promessas sempre cumpridas me dão a confiança que eu preciso para tornar esse amor cada vez maior.

Vem comigo. Seja twist ou jazz, quero seu corpo e o meu seguindo o ritmo dos nossos corações acelerados.

Vou bagunçar seu cabelo. Arrancar sua blusa. Vou ser mais sua do que jamais fui.

Quero sentir sua respiração arfante, quero sentir seu suor junto ao meu.

Pra que em um segundo, num milésimo de segundo, o tempo não exista. Para que não exista nada além da comunhão perfeita da tua boca a minha.

E talvez nesse segundo, eu encontre a palavra certa. Pra não ter que repintar o já gasto 'eu te amo' e poder te dizer com clareza o que é esse sentimento que me faz querer estar perto, cheirar as suas blusas que ficaram no meu guarda roupa, que me fazem chorar por fora e rir por dentro, lembrando os segundinhos em que não existia nada... só eu e você.

Talvez nessa hora eu possa apenas te abraçar e deixar que essas lágrimas rolem, e se misturem ao riso, ao suor, que se misturem a nós, aos sentimentos, as loucuras e as saudades; pois é da mistura de todas essas coisas que nasceu a nossa união, os nossos votos, os nossos sonhos e a força que temos para torná-los realidade.



Obrigada por existir no meu mundo,

Obrigada por me fazer sorrir quando eu mais preciso

Obrigada por enxugar minhas lágrimas quando elas teimam em rolar

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