Sinto-me tão menos humana, tanto menos feliz.
Sinto como se minha velha inocência tivesse ido embora e me deixado na beira do abismo onde o outro lado é um deserto seco e estéril. Não posso permanecer onde estou, e ao mesmo tempo sei que o que me espera pode não ser tão suave quanto eu gostaria.
Queria ter a certeza de que a outra margem esconde, em seu calor e secura, algum oásis onde poderei lavar-me, secar minhas lagrimas e conseguir algum alento para minhas dores.
Eu queimo. Ardo por dentro com minhas dúvidas. Anseio por saciar uma sede que me devora, e que é uma sede de saber. Vivo na incerteza, com medo. Medo de que o que há a frente seja mais atemorizante do que a incerteza que tenho hoje.
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